No dia 7 de Fevereiro de 2020 a Europa surpreendeu-nos novamente no quesito filmes!
Depois de sucessos polêmicos como Ninfomaníaca e Azul é a cor mais quente, um novo entra em acção.
O filme em questão é o polêmico sucesso que também tem suporte na Netflix, 365 DNI, ou 365 Dias para o mais chegados.
A trama polonesa, chegou causando e é até ao momento um dos filmes mais assistidos do mês (Junho), no entanto não significa que é bom!
A obra tem sido alvo de críticas pesadas, e pelo que tudo indica não é por ter milhões de plays que virá a ganhar um óscar.
Para entender melhor a situação vamos falar um pouco sobre a premissa.
O filme conta a história de Laura (Anna Maria Sieklucka), uma gerente de vendas ou algo relacionado a isso, que acaba por ser sequestrada enquanto está de férias com o seu namorado, por um italiano mafioso e dominador, chefe de uma das mais poderosas famílias criminosas da Sicília, Massimo Torricelli (Michele Morrone), que deu a sí mesmo um prazo de 365 dias para fazer com que a moça se apaixonasse por ele.
Como podem ver a sinopse já não é tão forte, a história é frágil e a motivação é fraca.
O filme começa com a cena em que Massimo e seu pai sofrem um atentado, no qual o pai morre, mas ele sobrevive, e durante essa crise o seu coração chega a ter uma parada e ele imagina o rosto de uma mulher, que no caso seria a Laura, ficando obcecado em encontrá-la por 5 anos até que finalmente consegue.
O filme causou polêmica também, devido as cenas íntimas, muito realistas e bastante quentes (mais para alguns do que para outros). Talvez este seja o principal motivo pelo qual o filme tem sido bastante assistido e também criticado.
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Para quem não sabe filmes do gênero não são uma novidade, e para além dos citados no início do artigo exite um outro que também tem sido citado, por se dizer que foi a base para a realização de 365 DNI, Cinquenta tons de Cinza, o filme que também foi polêmico na altura do seu lançamento, mas que surpreendentemente foi alvo de críticas positivas, tem estado a ser comparado ao actual sucesso polonês e considerado mais conservador, isso mesmo, alguns críticos consideram que apesar do filme também ter sido erotizado da mesma natureza que o 365 DNI, tinha cenas íntimas mais contidas e até sensuais.
O filme também tem estado a ser criticado pelo facto de romantizar a Síndrome de Estocolmo, e sem dúvida alguma concordo com isso, o filme mostra basicamente o seguinte “uma rapariga é sequestrada e depois de dois meses apaixona-se e engravida do sequestrador”. Se isso não é doente, então…
Outro aspecto foi o tempo que levou para que Laura correspondesse aos sentimentos de Massimo, que havia lhe dado Trezentos e Sessenta e Cinco dias, mas ela fez isso em incríveis 2 meses! Sendo que Massimo chega a pedi-la em casamento e ela aceita.
O principal problema do filme, acredito eu, foi tentar inovar algo novo, pois apesar de não ser nenhuma novidade filmes eróticos livres, são uma realidade a se ser trabalhada, e juntar isso a uma história dessas pode até ter sido uma boa no livro de Blanka Lipińska, de onde o filme foi baseado, mas nas telas é muito mais complicado!
E o facto de o público ter aceite a história de uma garota que se apaixona por um “Stalker sádico” (50 tons de cinza), não implicou em nada nesse filme, até porque tiveram premissas bem diferentes e o público já estava bem mais preparado na época.
O filme também teve o feito de ter sido mais apreciado pelo gênero feminino do que pelo gênero masculino (não que seja relevante), e alguns definem-no como “um filme com gente bonita transando“, e o final só piorou a natureza da coisa toda!
Para quem viu o filme, esperava o típico final de um casamento e o viveram felizes para sempre, mas não aconteceu já que (… é spoiler …), o que deixa abertura para uma sequência, que poderá ser encabeçada pela Netflix, pois sejamos honestos, apesar das críticas muita gente viu e vai continuar a ver, e pelo menos eu, apesar de não ter apreciado tanto o primeiro filme, gostaria de ver se melhora no segundo! Além disso o livro em que se baseia é uma trilogia.
Apesar das críticas ao redor do mundo, tendo sido classificado por alguns com a nota “0” (isso mesmo), o seu público alvo foi menos severo, até porque o conteúdo do filme é algo comum no cinema erótico europeu.
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